Quem tem um animal de estimação sabe: o vínculo que se cria vai muito além da companhia. É carinho, rotina, cuidado, parceria — e, para muita gente, amor incondicional.
Por isso, perder um pet é como perder um membro da família. E nessa hora difícil, surge uma dúvida que, até pouco tempo, parecia impensável: será que eu posso ser enterrado com o meu animalzinho?
Pois é, a pergunta é pertinente e a resposta está mais próxima de um "sim" do que você imagina. Isso porque um projeto de lei em andamento no Estado de São Paulo quer permitir exatamente isso: o sepultamento de cães e gatos junto dos seus tutores, em jazigos da própria família.
Projeto de Lei com colaboração de Ricardo França
A proposta, protocolada através do Projeto de Lei n° 56/2025, é do deputado Eduardo Nóbrega, com coautoria do deputado Ricardo França, defensor da causa animal na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Ele prevê que os cemitérios em todo o Estado de São Paulo poderão autorizar o enterro de pets junto de seus humanos, desde que o jazigo pertença à família e o serviço funerário do município aprove as regras. Nesses casos, as despesas continuam sendo de responsabilidade de cada família que optar pelo sepultamento.
Mais do que uma questão legal, isso também é um gesto de afeto. Afinal, se os animais já fazem parte da nossa história em vida, por que não permitir que estejam com a gente também no momento do adeus?
Essa proposta é um marco importante na forma como a sociedade vê os animais de estimação. O amor por eles deixou de ser apenas um "sentimento bonito" e já começou a ser reconhecido juridicamente no Brasil. A ideia é tornar esse momento tão delicado, como a perda de um animalzinho de estimação, em um momento mais humano, ou melhor, mais compassivo.
O respeito pela jornada de cada ser vivo
O deputado Ricardo França, com esse projeto de lei, exemplifica como os animais de estimação são importantes e fazem parte das famílias brasileiras. Respeitar os direitos dos cidadãos do Estado de São Paulo também é oferecer um descanso merecido para a jornada de cada ser vivo, inclusive os pets.
E sim, você ainda vai ouvir muita gente dizendo “é só um cachorro” ou “é só um gato”. Mas, cada vez mais, a legislação caminha para refletir a realidade: os pets são, sim, parte da família. E merecem respeito, inclusive no fim da vida.
Ficou curioso sobre como esse projeto vai evoluir? A gente segue acompanhando cada passo — porque lutar pela causa animal também é pensar nos detalhes que fazem diferença no coração dos seus tutores.